quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amar....





Pode-se amar a vida, o colégio, a faculdade, a rua e a casa onde se mora...
A facilidade de amar as subjetividades da vida chega a impressionar.
Amar com essa simplicidade, facilidade e principalmente com essa rapidez. Posso amar uma simples casa a primeira vista.
Amar... Amar um gesto, um dia, um por do sol... Simplesmente amar, adorar, venerar...
Mas o que acontece com essa pequena, simples e bela palavra, que antes tão peculiar, acaba por se tornar rara e exclusiva quando o que se ama, não são apenas coisas, mas pessoas?
Hoje para alguns é tão fácil dizer que se ama, afinal são só três letrinhas não é? Tão fáceis de se digitar e falar, devem pensar, que saem por aí digitando e berrando aos quatro ventos.
Mas para mim, não há facilidade nem quando se trata apenas de sentir...
Consigo facilmente contar quantas pessoas amei em toda minha vida. Digo todas as formas de amor: amor de pai, mãe, tia, primo, amigo, namorado...
Ainda assim, dentre tantas possibilidades não foram muitas as pessoas que eu realmente amei... Que amo.
Amor não morre, não acaba, não diminui...
Já acreditei amar pessoas que o tempo veio para provar que não era amor, uma simpatia passageira talvez.
Amar para mim requer tempo, paciência, entrega, requer cuidado e muita compreensão. Por isso não se ama a todo dia e nem a qualquer um...
Mas curiosamente não podemos escolher a quem amar. Amamos aqueles que estão longe, e até mesmo aqueles que não nos correspondem, quando poderíamos simplesmente escolher aqueles que estão diariamente ao lado e dispostos a nos dar aquilo que precisamos.
Há os amores familiares que são naturais e geralmente os mais saudáveis, são correspondidos a altura e não necessitam de constantes declarações para se ter certeza de que é puro, verdadeiro e possivelmente eterno. Esse nos dá segurança e a paz que necessitamos em nosso dia-a-dia.
Há o amor pelo sexo oposto, que costuma ser o mais complicado, e aquele que nos gera mais sofrimento e dor, mas ao mesmo tempo nos proporicona as melhores sensações.
E há o amor amigo, aquele que sentimos pelas pessoas que cruzam nossos caminhos, anjos enviados por Deus para nos ajudar em nossa caminhada.
É preciso desses amores para seguir em frente, para conseguir caminhar e enfrentar os obstáculos da vida . Amar faz bem a alma e ao coração, por mais que tantas vezes nos traga algum sofrimento e dor.
Amamos com uma intensidade que não se pode medir, uma força que não é possível explicar, e por motivos que normalmente desconhecemos.
Amo aqueles que estão constantemente ao meu lado, e também aqueles que de mim se distanciaram, com a mesma força a intensidade de outrora.
É possível amar sem querer nada em troca, nem mesmo a retribuição desse amor... Amar é o desejo simples e sincero de ver o outro feliz, de ajudar se possível, ou simplesmente torcer de longe e silenciosamente...

Amar... Simplesmente amar...